Próteses de Silicone de Mamas: Mentiras e Verdades!
A colocação de próteses de silicone está entre os procedimentos mais realizados por cirurgiões plásticos no Brasil. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), o aumento dos seios é responsável por 22,5% das cirurgias. Já a redução das mamas representa 11,7% do total de intervenções estéticas feitas no País.
Muitas dúvidas surgem em relação à colocação de próteses de silicones.
Existem inúmeras fontes de informações na Internet, porém cuidado poucas são confiáveis, aqui temos esclarecimentos seguros realizados pela especialista cirurgiã plástica Juliana Kaiser com verdades e mentiras sobre o assunto.
Plástica nas mamas atrapalha o aleitamento materno?Mentira! Volumes aceitáveis e proporcionais ao caso de cada paciente não acarretam insucesso na amamentação.
No caso da simples inclusão de implantes mamários de silicone (sem retirada de pele) o principal fator a ser levado em consideração (no quesito aleitamento) é o volume (tamanho) do implante que, quando em exagero, poderá comprimir excessivamente o tecido glandular e seus nervos causando anestesia do mamilo e dos músculos que ejetam o leite.
Nas cirurgias com redução de tecido mamário da mesma forma havendo sensibilidade dos mamilos, as alterações hormonais próprias da gestação farão o restante.
O fato é que nenhuma dessas cirurgias condena as mulheres a não mais poderem amamentar, mas quanto maior for a complexidade do procedimento mamário realizado e quanto maior for a alteração imposta à arquitetura local, maiores serão as chances de problemas num futuro aleitamento. Nunca esquecendo que amamentação é um processo multofatorial e muitas mulheres sem cirurgias nas mamas não tem sucesso na amamentação.
Um implante mamário precisa ser trocado dez anos após a colocação? Mentira! Não há prazo fixo estabelecido para trocas.
Os implantes atuais são produzidos com gel de silicone altamente coesivo e revestimento resistente, mas, apesar da longa vida útil que essas características lhes conferem, não são eternos. Na prática, o que se observa é um aumento progressivo no índice de alterações que indicariam a necessidade de troca à medida que aumenta o tempo decorrido da cirurgia de inclusão dos implantes, os tempos são totalmente variáveis e dependentes da interação prótese – paciente, marca do implante e técnica cirúrgica.
Implantes de silicone aumentam o risco de doenças e/ou de câncer de mama?
Mentira! Não há qualquer relação entre implantes mamários de silicone e aumento na taxa de ocorrência do câncer de mama, porém há estudos recentes que identificaram, em casos considerados raros, a ocorrência de um câncer específico na cápsula formada ao redor da prótese de mama. As mulheres com implantes, como todas as outras, apenas deverão manter avaliação médica periódica e realizar os exames de imagem das mamas a cada 2 anos (possivelmente, antes do previsto para as mulheres sem implantes), para monitorização.
Já existe comprovação científica, de que mulheres com próteses de mama realizam o próprio diagnóstico de câncer de mama mais, precocemente, do que mulheres que não tem implantes.
Em caso de infecção da cirurgia de implante das próteses é necessária remoção das mesmas?
Verdade! Em casos de infecção as próteses necessitam ser removidas e reimplante das após 6 meses. O principal mecanismo de prevenção das infecções cirúrgicas, nas próteses, é técnica cirúrgica adequada, tratamento antibiótico endovenoso nas primeiras 24 horas e os cuidados pós – operatórios do paciente.
Há que existir um comprometimento por parte da paciente com todo o processo que envolve uma cirurgia. E o entendimento de que há aspectos inerentes às características orgânicas de cada um, que por si só podem influenciar negativamente o processo de cicatrização.
O segredo é a escolha adequada do especialista, do hospital e o cumprimento das orientações de cuidados pós – operatórios
Médica Cirurgiã Plástica graduada na Universidade Católica de Pelotas/RS – 2001; – Título de Especialista em Cirurgia Geral pelo Hospital Universitário São Francisco de Paula – Pelotas/RS reconhecido pelo MEC, CREMERS e CFM – 2002/2003 / CFM-RQE 19248; Título de Especialista em Cirurgia Plástica Estética e Reparadora – Hospital de Clínicas de Porto Alegre/RS reconhecido pelo MEC, CREMERS, CFM e pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica 2005/2008.